quarta-feira, 20 de maio de 2009

O bicho chamado Utopia
Dou-me o direito de ser saudosista, estou a exercer o meu direito democrático de cidadão. Ironia ou não, é engraçado observar o nosso momento social, democrático e religioso.
Vivemos em êxtase, no paraíso, perdidos em conceitos, classificações ou doutrinas. Somos frutos ou conseqüência de uma atmosfera que paira nos céus de Diamantina, que nos viu nascer, crescer e enraizar em nossas almas duetos que não entendemos o que são e muito menos para que sirvam, pousa sobre nossos ombros a famigerada birra entre a UDN e a ARENA, corroída e ao mesmo tempo alimentada pela ditadura.
Sou 24 horas democrático, até porque se não o fosse não estaria aqui. Incomoda-me viver a democracia tal qual foi instalada, demagoga, medíocre e oportunista, politicamente e consequentemente ver a ruína da tradição, da esperança (fé), da família, dos pilares da sociedade, da ética, da religiosidade, da cultura diamantinense.
Sinto nesse momento esses mesmos pilares incomodados, debatendo-se revoltosos e digo a vocês (pilares): esse é o nosso momento, vamos nos unir, nos somar, os outros não possuem o que há de mais precioso: a mágica alma chamada Diamantina. Sabemos o que queremos, quais são os nossos sonhos, objetivos. Sabemos como foi difícil e longo esperar por esse momento. Alimentamos no passado fazer um representante nosso (frustramos), mas quisera Deus não um intermediário, mas sim nós, dois, três, vários filhos de uma Terra que se queda aos seus pés e diz Amém – Desperta Diamantina.

Antenor José Figueiró
antenor.figueiro@ig.com.br