segunda-feira, 5 de outubro de 2009

APAC em Diamantina

A Associação de Proteção aos Condenados de Diamantina (APAC) se reuniu no dia 23 de setembro, no auditório da Acid. Na pauta do encontro a discussão da aquisição de um terreno para a construção do centro de Reintegração social na cidade, como parte dos trabalhos que giraram em torno de sua efetiva implantação.
Segundo o Juiz de Direito de Diamantina, Dr. Elexander Camargos Diniz, o processo caminha a passos lentos, mas na oportunidade, salientou que no momento a sociedade está dando uma resposta positiva para a implantação do projeto.
Nesta reunião foi composta uma comissão que visitará pontos estratégicos do município para analisar a viabilidade de terrenos para compra ou desapropriação pelo poder público.
Presente no encontro, o prefeito Padre Gê reafirmou o compromisso do município na construção da Apac de Diamantina, com total apoio da Prefeitura.
"A construção deste Centro de reintegração é de suma importância social para toda a região do Vale do Jequitinhonha. Não mediremos esforços para que estas ações sejam concretizadas", afirmou o prefeito.
O Presidente do Conselho da Comunidade, Juscelino Brasiliano Roque, explanou sobre o sistema apaqueno e fez uma alerta aos presentes: "É necessário criar medidas urgentes para tentar conter a onda de crimes envolvendo Diamantina. Por isso é fundamental que a APAC seja efetivamente instalada. Temos que buscar alternativas de melhoria na segurança pública. A construção da Apac será um grande passo para se garantir mais segurança e justiça social", destacou Juscelino Roque.
Segundo ele, o sistema prisional em Diamantina está falido, sendo a cadeia pública uma verdadeira bomba que pode explodir a qualquer momento.
Participaram da reunião vereadores, membros da Pastoral Carcerária, Associações Comunitárias, familiares de detentos, Maçonaria e diretores da ACID dentre outros seguimentos.

APAC

Ferramenta que se tem mostrado eficiente para:
- Auxiliar as autoridades dos poderes Judiciário e Executivo;
- Incentivar a atividade espiritual;
- Humanizar mais a pena;
- Evitar a reincidência no crime, oferecendo alternativas para recuperação do condenado e sua inclusão no meio social, como também fazer um trabalho de acompanhamento de seus familiares;
- Trabalhar com a sociedade a conscientização de que através destas ações poderemos com certeza buscar o caminho para a discriminação da violência social. Portanto do sofrimento de tantos e de nós mesmos;
- Diminuir o nosso preconceito com relação a essa realidade.
É preciso acreditar que a APAC é mais uma parceria, um instrumento comprovadamente eficiente e capaz de mudar a ótica de interpretação de como lidar com o Tema Insegurança Social.
Não podemos continuar com a visão de apenas creditar a violência a algum setor isolado de nossa sociedade sem o conhecimento, e principalmente sem o acompanhamento e a participação responsável de todos e de cada um neste processo.
Setorizar a violência é o modo mais prático de não encarar o problema e automaticamente de se excluir de suas possíveis soluções.
Todos nós de alguma forma queiramos ou não somos parte deste sistema e independente de posição social e tudo mais, não estamos imunes aos efeitos da dinâmica de nossa participação ou não na busca de uma melhor qualidade de vida para a comunidade em que vivemos.
Portanto, precisamos enxergar a APAC como sendo um instrumento eficaz na luta pela Paz Social.