sábado, 5 de setembro de 2009

Grandioso momento?

A perplexidade é uma incógnita de emoção e visão. Em algumas vezes grandiosidade e futurismo se fundem e denotam a alma de um ser.
Com genialidade Érico Veríssimo não só incorporou e transpôs (todos esses adjetivos) e sim se eternizou através de sua obra: Incidentes em Antares expondo a megalômana e aloprada forma do ser humano em desfrutar de sua passagem por esse mundo de meu Deus.
Revendo a história de Diamantina encontramos momentos bem inusitados de sua estrutura, formação e desenvolvimento.
De Vila, Arraial e Cidade são muitos os momentos de alopragem política, religiosa, administrativa e social. Não só os nossos antepassados políticos e religiosos, mas também a nossa sociedade esbaldaram-se nos trilhos da megalômana aventura de se posicionarem como um ser humano intelecto e dotado de uma aura especial, divina.
O que assistimos nesse momento é o fruto da relação de várias gerações (desencontradas, desarticuladas, desunidas) gerando a cada canto e esquina autoritários, narcisistas, acomodados e pessimistas.
O que temos hoje é um vácuo político ideológico, com uma administração pouco agressiva e seus pares capengando pelos corredores das oportunidades políticas, oportunidades essas que não estão sendo percebidas nem mesmo pelo legislativo municipal.
O cavalo está passando arriado na porta de todos e esses estão debruçados em "delírios" apológicos ou serão apoteóticos?
Serei eu, um aloprado em arriscar um palpite de que essa "oposição" ferrenha nada mais é do que um palanque para as eleições de 2012?
Desperta Diamantina, onde e como chegaremos?
É legítimo, é aceitável sermos capachos de egos com puro interesse pessoal, sem vaidade e brilho, coerência e ética?
A sensação é de estarmos em uma areia movediça contemplando de braços cruzados nossos anseios, desejos e frustrações serem sufocados, tripudiados.

Antenor José Figueiró – antenor.figueiro@ig.com.br