SECA: Baixa umidade relativa do ar que atinge várias regiões nesta época afeta o organismo

Vegetação seca, baixa umidade relativa do ar, massa de ar seco e alta temperatura são características comuns no mês de agosto. Nesta época do ano, a seca é severa em algumas regiões do País, como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão e do Piauí, sul do Tocantins e do Amazonas e, também, em Rondônia. O meteorologista Hamilton Carvalho, do Instituto Nacional de Meteorologia, explica por quanto tempo a seca deve continuar.

"Em agosto pode acontecer uma ou duas chuvas mais pro final do mês, então, continua seca até o final do mês. Setembro é um mês de transição, onde as temperaturas são muito elevadas, a umidade continua baixa, mas tem dias que pode acontecer chuvas, pode amenizar. Outubro já chove mais."

Enquanto o período de chuva não chega, as pessoas sofrem com os efeitos da seca, como a perda natural de oleosidade da pele, lábios rachados, olhos irritados, entre outros. Segundo o professor de medicina da Universidade de Brasília, Ricardo Martins, esses efeitos podem ser amenizados.

"Primeira providência importante é: repor o que está faltando, ou seja, água. E isso pode ser feito através da ingestão de água, ou seja, de hora em hora beber um copo d'água. Evitar o excesso de sal porque ele gera perda de água pelo organismo. Alimentação leve, a base de frutas, verduras e legumes. Uso de roupas mais leves, principalmente nas horas mais quentes do dia. Evitar exercícios físicos entre as nove horas e as dezessete horas, porque nesse período o exercício passa a ser prejudicial. E umidificar o ambiente de casa com toalhas molhadas e bacias d'água."

O professor de medicina Ricardo Martins comenta que no período de seca as pessoas tendem a sentir mais dor de cabeça. Isso acontece por causa de alterações da pressão, dificuldades respiratórias e alergias nasais. A principal delas é a rinite alérgica.

Reportagem, Lívia Cristina